Friday, 3 October 2008

Sobre relacionamentos...

Mais Osho para pensarmos...

"É difícil amar pessoas de verdade, porque uma pessoa de verdade não vai  preencher suas expectativas. Ela não está aqui para isso. Não está aqui para preencher as expectativas de ninguém; ela tem de viver a vida dela. E sempre que ela tomar uma atitude que for contra ela mesma ou não estiver em sintonia com os seus sentimentos, com as suas emoções, com o seu
 ser, a coisa vai se complicar.
É muito fácil pensar no amor. Mas é difícil amar. É muito fácil amar o mundo inteiro. Difícil mesmo é amar um ser humano. É muito fácil amar a Deus e a humanidade. O problema surge de fato quando você cruza com uma pessoa de verdade e se encontra com ela. Encontrá-la é passar por uma grande mudança e por um grande desafio.
Ela não vai ser sua escrava, nem você vai ser escravo dela. É aí que surge de fato o problema.  Se você vai ser escravo dela ou se ela vai ser sua escrava, então não há problema. O problema surge porque ninguém está aqui para bancar escravo -  e ninguém pode ser escravo . Todo mundo é um 'agente livre' (aspas minhas)... todo ser consiste em liberdade. O homem é livre.
O próprio relacionamento provoca situações que esse problema emerge, e é bom passar por elas.
No Oriente as pessoas fugiram, vendo só a dificuldade disso. Elas começaram a negar o amor, a rejeitar o amor. Surgiu o desamor e elas o chamaram de desapego. Pouco a pouco, foram ficando amortecidas. O amor desapareceu do Oriente e só restou a meditação.
Meditação significa que você se sente bem na solidão. Meditação significa que você só está estabelecendo uma relação consigo mesmo. Seu circulo está completo com você mesmo; você não sai dele. É claro que 99% dos seus problemas estão resolvidos - mas a um custo muito alto. Você passa a ter menos aborrecimentos. O  homem oriental é menos ansioso, m
enos tenso, passa quase o tempo todo em sua caverna interior, protegido, de olhos fechados. Ele não deixa que a energia circule. Ele causa um curto-circuito, um pequeno movimento de energia dentro do seu ser, e é feliz. Mas a felicidade dele é um pouco morta. Essa felicidade não é uma celebração, não é uma alegria.
No máximo você pode dizer que não é infelicidade. Você, no máximo, pode dizer algo de negativo a respeito dela, como dizer que você é saudável porque não tem nenhuma doença. Mas isso não é  saúde. A saúde tem que se algo de positivo, um fulgor que irradia - não a mera ausência de doença. Nesse sentido até um cadáver é saudável, pois não há mais nenhum
a doença nele.
Então, no Oriente, estamos tentando viver sem amor, renunciar ao mundo - que significa renunciar ao amor - renunciar à mulher, ao homem e a todas as possibilidades em que o amor possa florescer.
No Ocidente, tem acontecido exatamante oposto. As pessoas tentaram encontrar a felicidade no amor, e com isso criaram muita confusão. Elas perderam todo o contato consigo mesmas. Ficaram tão distantes de si mesmas que já não sabem o caminho de volta. Não sabem que caminho é esse, onde é a casa delas. Então elas sentem que não têm sentido, que
 não tem casa, e não param de ter casos com essa mulher, aquele homem - homossexual, heterossexual, autossexual. Continuam tentando de todo jeito e, assim mesmo, sentem-se vazias, pois o amor isoladamente, pode dar a você felicidade, mas não há nenhum silêncio nele. E, se existe felicidade sem silêncio, mais uma vez fica faltando alguma coisa.
Se você é feliz sem silêncio, sua felicidade será como uma febre, um excitamento...muito barulho por nada. Esse estado febril gerará muito mais tensão em você e não melhorará nada; é só correria, agitação. E chegará o dia em que se descobrirá que todo esse esforço foi infundado, pois você só tentou encontrar o outro sem ter encontrado ainda
 a si mesmo.
Nenhum desses dois jeitos deu resultado. O Oriente errou porque tentou a meditaçao sem amor. O Ocidente errou porque tentou amor sem meditação. Vamos ver o que significa amor mais meditação. Tanto é preciso ser feliz sozinho quanto na companhia dos outros. É preciso ser feliz interiormente e também nos relacionamentos."

Ufa....
O que aprendo do texto:
-Precisamos estar atentos (pensando que somos Ocidentais!)  ao nosso sentimento "amor":
se ele é a busca do sentir-se completo ou é aquele "encontro de duas pessoas que sentem a grande mudança explodindo". Porque se estamos juntos para nos sentir completos, não haverá felicidade. Correria inútil.
-Encontrar e amar a si  mesmo é fundamental. Aceitar e perdoar nossas características. Estar 100% em tudo, sem medo de se expor. Corajosamente olhar para dentro e en
contrar-se!
-Descobrir a fonte interna de energia vital, e utilizá-la, sem precisar de alguém para te "alegrar". Ou de alguém para te proteger. 
-Curtir a felicidade de estar junto de pessoas que se possa amar, sem cair nessa armadilha maldita de "preciso de vc, precise de mim!"

...caminhando na estrada da evolução, observando tudo e todos em torno, com muito cuidado e carinho... Entretanto, sem envolvimento no momento. Não quero.

Estou:
No interior...
Assistindo a tudo....
Silenciosamente...
Corpo obedecendo à mente.



1 comment:

MaLoBa said...

"Ama-te a ti mesma"

Nunca se sabe se vocÊ achará um indiano maravilhoso lá! Hahahaha... Não ficarei brava, pode ter certeza!

Evoluir COM alguém, e não em FUNÇÃO de alguém! Lições de mamãe...