Uma das mais poderosas organizações do Planeta - a Igreja Católica - passa por situação delicada.
Primeiro, muitas outras religiões invadiram seu domínio e roubaram-lhe fiéis, diminuindo assim a renda vastamente recebida através dos dízimos e doações.
Além do surgimento de muitas outras doutrinas consoladoras, tendências modernistas corrompem o sistema de proibições e ameaças com promessa de Inferno após a morte. Conquistas de casamentos entre pares de mesmo sexo, aborto entre outras necessidades do Homem moderno, transtornam a vida dos clérigos que têm que manter-se na linha dura e irredutível das regras seculares da Igreja.
Duros tempos...
Imagino a frustração dos Bispos e Arcebispos conjecturando como manter o rebanho unido com tantas distrações a assediar suas ideias.
As ameaças da Igreja são todas para após a morte;
Torturas hoje em dia pegariam muito mal;
A Igreja não compra mais o voto de ninguém, apenas povos muito pequenos e de expressão muito minguada se submetem à troca alimento X fé;
Enfim, os séculos passaram, o poder se esvaiu, os fiéis debandaram, escândalos e mais escândalos desnudaram o que se praticava há muito dentro das paredes da Santa Igreja e nunca se comentou.
Papa Bento XVI se mancou. Não pode arrumar a bagunça instalada sem destruir a fé do povo numa turma de padres sem vergonha. Resolveu pular do barco.
Pelo menos tomou uma decisão. A decisão de nada fazer.
